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16 de out. de 2013

Diabo

27 de set. de 2013

O Papel das Crianças na Umbanda – Cosme e Damião




A Umbanda se mostra, desde o seu nascimento, como uma religião fundamentalmente de ação, cuja doutrina está sendo revelada gradualmente, ao mesmo tempo em que atualizações no “modus operandi” das diferentes tendências dentro da Umbanda exigem novas explicações.    

São três os arquétipos basilares da Umbanda: O Sábio, o Guerreiro e o Puro, representados pelos Pretos Velhos, Caboclos e Crianças, respectivamente. Cada um tem um papel bem definido dentro do ritual de Umbanda, cumprindo funções complementares entre si, e é destas funções que trataremos hoje, dia de São Cosme e São Damião.

Os Pretos Velhos, em sua paciência e sabedoria, são os responsáveis por recepcionar aqueles que chegam pela primeira vez a um terreiro de Umbanda. Conhecedores da alma humana para muito além da psicologia terrestre, estes velhinhos e velhinhas de fala mansa e corpo curvado emprestam seus ouvidos aos problemas dos seus consulentes, identificando-lhes o comportamento e introduzindo-os à doutrina umbandista. 

Compete a estes espíritos realizarem os primeiros diagnósticos e encaminharem a alteração do quadro que ali se apresenta.

Conforme o diagnóstico, o consulente será encaminhado para trabalhos realizados pelos Pretos Velhos juntamente com os Caboclos e/ou para demandas durante a sessão de Caboclos.

Os Caboclos, cujas características refletem o vigor do guerreiro ou a suavidade das Mães d’Água, embora também possuam qualidades doutrinárias que os capacita a orientar o comportamento dos fiéis de Umbanda, bem como realizar diagnósticos, ocupam-se, na maioria dos terreiros, de buscar no “campo astral” do consulente espíritos desequilibrados que estão atuando sobre estes para realoca-los no caminho evolutivo.

Assim, a doutrina dos caboclos costuma ser dirigida aos desencarnados, na tentativa de conduzi-los novamente ao caminho da luz pelas vias do Amor Universal. Quando não conseguem, por não encontrar receptividade e condições de entendimento no atual estado do espirito obsessor que, atraído até ali pela força magnética dos Caboclos, se manifesta nos médiuns para recebera doutrina, estes são encaminhados ao Ogum Megê, comandante da Linha de Exus na Umbanda. Ali serão paralisados em sua queda evolutiva até que possam retomar o caminho ascensional através das linhas de trabalho da esquerda (Exus).

Os amigos, leitores do Blog Além da Matéria, talvez estejam se perguntando onde pretendemos chegar explicando os papéis destes Guias Espirituais em um texto dedicado a Cosme e Damião, certo? Tenham paciência, já chegaremos às tarefas desempenhadas pelas crianças...

O médium de Umbanda, versátil por natureza e treinamento, alterna durante os trabalhos entre distintas faixas vibratórias, incorporando ora Seres de Luz - cuja vibração sutil força a elevação da vibração do próprio médium até níveis superiores -, ora seres desequilibrados, habitantes de regiões inóspitas do astral inferior que necessitam da energia vital e do choque anímico com o ectoplasma dos encarnados para restabelecer se energeticamente e alcançar a condição de receber a doutrina por parte dos Caboclos dirigentes.

Nesta tarefa, ao emprestar seu corpo e sua energia para a revitalização destes espíritos, o médium necessita diminuir temporariamente seu padrão vibratório e entra em contato estreito com toda sorte de toxidade trazida dos ambientes umbralinos pelos espíritos dos obsessores que lá habitam.

O desgaste energético, por melhor preparado que seja o médium, é inevitável, uma vez que ocorre doação de ectoplasma destes para a manifestação e revitalização energética destes espíritos. Talvez esteja nestes eventos a verdadeira caridade praticada pelo médium de Umbanda, o desapego e a aceitação em baixar seu padrão vibratório e doar sua energia para espíritos “infratores” e desequilibrados, oportunizando-lhes a redenção e o reencontro com o caminho evolutivo.

Entendido este processo, podemos finalmente adentrar o papel desempenhado pelos “Cosminhos”, espíritos que se mostram na forma de crianças e que, aparentemente fazem pouco mais que comer, beber e brincar... Aparentemente...

Que trabalhador voluntário, por mais esclarecido que fosse, permaneceria realizando uma tarefa não remunerada que lhes esgota as energias e lhe prejudica a continuidade de suas tarefas no cotidiano da vida material?

É preciso restabelecer os médiuns que ao longo da noite permitiram que em si manifestassem-se espíritos sofredores, envoltos em dor física e moral, aprisionados no ódio e na dor e que, ao serem reencaminhados ao caminho evolutivo deixam nestes as lembranças de seus sentimentos confusos e de suas mágoas.

Os Cosminhos, em sua pureza infantil, com sua fome de doces e salgados, sua sede de sucos e refrigerantes, são hábeis manipuladores da energia vital, capazes de transmutar a matéria dos alimentos de maneira a potencializar a eficiência do organismo em retirar dos alimentos sua carga energética.

Vem daí o gosto exótico em misturar sabores, tão típico nas crianças e tão raro nos adultos. Sabem eles, melhor que ninguém, o que seus médiuns necessitam, e tratam de ingerir estes alimentos e combina-los de maneira a proporcionar a seus “aparelhos” o pronto restabelecimento das energias.

São ainda eles, os Cosminhos, que após uma longa noite envolta em sofrimentos diversos e sentimentos negativos - desequilibrados e desequilibrantes - que, com sua doçura e leveza, com seu bom humor e traquinagens, com sua magia sofisticada e eficiente, apesar de discreta, traz de volta o riso e a brincadeira perdidos durante a seriedade dos trabalhos de demanda.

São eles que devolvem a alegria esquecida em meio a tanta tristeza e sofrimento. São eles que nos envolvem com Amor e Carinho após o contato com tanto ódio dentro de nós, trazido pelos espíritos que permitimos a manifestação através do trabalho e da caridade mediúnica.

Em contato com os fiéis, estes espíritos que se manifestam na forma de crianças estimulam o Amor Fraternal e Universal desprovido de interesses terceiros, harmonizam energias, atuam na saúde física, mental e espiritual... E, principalmente, evocam para todos que compartilham o mesmo ambiente que eles o contato com sua criança interior: pura, amorosa, leve, despreocupada e alegre.

Salve Cosme e Damião! Saravá Erês! Evoé Ibêgis!

- por Diego Silva


Vejamos o que diz o médium e escritor Rubens Saraceni sobre esta Linha de Trabalhos da Umbanda e o arquétipo das crianças, bem como dos espíritos que se manifestam nessa forma, como complemento ao que aqui foi dito.

“A linha das crianças, cujos membros baixam nos centros de Umbanda, é de todas a mais misteriosa.  Esses espíritos infantis nos surpreendem pela ternura, inocência, argúcia, carinho e amor que vibram quando baixam em seus médiuns.

O arquétipo não foi fornecido pelo lado material da vida, pois uma criança com seus 7, 8 ou 9 anos de idade, por mais inteligente que seja, não está apta intelectualmente a orientar adultos atormentados por profundos desequilíbrios no espírito ou na vida material.  Quem forneceu o arquétipo foram os seres que denominamos “encantados da natureza”.

Não foi baseado em espíritos de crianças que desencarnaram que essa linha foi fundamentada, e sim nas crianças encantadas da natureza, que os acolhem em seus vastos reinos na natureza em seu lado espiritual e os amparam até que cresçam e alcancem um novo estágio evolutivo, já como espíritos naturais.

Os espíritos que se manifestam na linha das crianças atendem pessoas e auxiliam-nas com seus passes, seus benzimentos e suas magias elementais, tudo isso feito com alegria e simplicidade enquanto brincam com seus carrinhos, apitos, bonecas e outros brinquedos bem caracterizadores do seu arquétipo.  Ele é tão forte que adultos encarnados sisudos se transfiguram e se tornam irreconhecíveis quando incorporam sua criança.
A presença desses espíritos infantis é tão marcante que mudam o ambiente em pouco tempo, descontraindo todos os que estiverem à volta deles.  Todo arquétipo só é verdadeiro se for fundamentado em algo pré-existente. O arquétipo “Caboclo” fundamentou-se no índio brasileiro e no sertanejo mestiço. O arquétipo “Preto-Velho” fundamentou-se no negro já ancião, rezador, mandingueiro e curador.  O arquétipo “Criança” fundamentou-se na inocência, na franqueza e na ingenuidade dos seres encantados ainda na primeira idade: a infantil.

E, caso não saibam, há dimensões inteiras habitadas só por espíritos nesse estagio evolutivo conhecido, no lado oculto da vida, como “estágio encantado . Nessas dimensões da vida há eles e suas mães encantadas, todas elas devotadas à educação moral, consciencial e emocional, contendo seus excessos e direcionando-os à senda evolucionista natural, pois eles não serão enviados à dimensão humana para encarnarem.  A elas compete supri-los com o indispensável para que não entrem em depressão e caiam no autismo ou regressão emocional, muito comum nessas dimensões.

Nelas há reinos encantados muito mais belos do que os “contos de fadas” do imaginário popular foi capaz de descrever ou criar.  Cada reino tem uma senhora, uma mãe encantada a regê-lo. E há toda uma hierarquia a auxiliá-la na manutenção do equilíbrio para que os milhares de espíritos infantis sob suas guardas não regridam, e sim, amadureçam lentamente até que possam ser conduzidos aos estágio evolutivo posterior.

O arquétipo é forte e poderoso porque por trás dele estão as mães Orixás, sustentando-o, e também estão os pais Orixás, guardando-o e zelando pela integridade desses espíritos infantis.

A literatura existente sobre esse estágio se restringe a alguns livros de nossa autoria que abordam o estágio encantado da evolução dos espíritos.

Mas que ninguém duvide da existência dele porque ele realmente existe e não seriam “crianças” humanas recém-desencarnadas e que nada sabiam da magia que iriam realizar os prodígios que os “Erês” realizam em benefício dos freqüentadores das suas sessões de trabalhos ou com forças da natureza quando oferendados em jardins, à beira-mar, nas cachoeiras ou em bosques frutíferos.

Há algo muito forte por trás do arquétipo e esse algo são os Orixás encantados, os regentes da evolução dos espíritos ainda na “primeira idade”.

Para conhecerem melhor o estágio encantado da evolução, recomenda­mos a leitura do livro de nossa autoria A Evolução dos Espíritos, editado pela Madras.”


Texto extraído do livro “Os Arquétipos da Umbanda”, Editora Madras

21 de set. de 2013

Exu





Exu é ativador de nossos merecimentos. É o que propicia nossas vitórias e nossas derrotas, pois nem sempre sabemos lidar com a vaidade, o ego, o egoísmo e a soberbia que aflora de forma acentuada quando se conquista algo ou alguém. Exu é quem abre nossos caminhos, mas também fecha, tranca e acorrenta nossa vida quando nos encontramos desequilibrados e viciados numa maldade e numa possessão sem fim. Isso é a Lei e assim é EXU!

Exu é a força que atua sobre o negativo de qualquer pessoa tentando equilibrar essa ação. É aquele que faz o erro virar acerto e o acerto virar o erro. É aquele que escreve reto em linhas tortas, escreve torto em linhas retas e escreve torto em linhas tortas.

Mesmo nos momentos em que nos vemos no meio do caos, Exu sabe fazer com que a ordem prevaleça. Exu não gosta de displicência e de injustiça, não aceita nada mais e nada menos do que lhe é de direito e de dever.

Exu não faz, não participa e não orienta nenhum tipo de magia negativa, Exu é Mago Realizador por excelência, e conhece absolutamente tudo sobre magia. No entanto, conhece também a Lei Divina e a cumpre com perfeição a cada momento. Magia negativa é ação do homem que deseja mais do que pode, deve e merece. Exu dá e faz somente aquilo que for de merecimento e de necessidade para o Ser, segundo a Lei Divina.

EXU, palavra iorubá (Èsù) pode ser traduzida como “esfera” representando o infinito, o que não tem começo nem fim e que está em todos os lugares, no Tudo e no Nada.

Ele é o “mensageiro”, recebe e leva os pedidos e as oferendas dos seres humanos ao Orum, o céu. É o Senhor dos caminhos, das encruzilhadas, da entrada e da saída. É o movimento inicial e dinâmico que leva à propulsão, ao crescimento e à multiplicação.

São espíritos iluminados que, de forma muito peculiar, conhecem nosso íntimo e nossa conduta muito mais que nós mesmos.

Exus do Cemitério – normalmente têm a regência de Omulu, são quietos, de pouca fala e reservados. São exigentes e trabalham muito nos descarregos fortes, desmanches de demandas antigas e conscientização da vida humana.

Exus da Encruzilhada – normalmente têm a regência de Ogum. Não são tão quietos como os de cemitério, mas são extremamente valentes, exigentes e duros. Trabalham muito na abertura de caminhos, na quebra de demanda e em situações que precisam urgentemente de mudança.

Exus da Estrada /rua – normalmente têm a regência de Oxóssi. São mais falantes, brincalhões e risonhos, no entanto exigem a verdade de seus fieis conhecendo a intenção de uma palavra e de um pedido mesmo que eles estejam em pensamento.

Seu dia da semana é Segunda feira, dia propício para magias e rituais que invoquem paz, fertilidade, harmonia e meditação. De energia lunar o dia favorece novos começos e confere poder.

Suas contas são pretas (neutraliza/absorve) e vermelhas (ativa/irradia), reafirmando a energia da contradição de Exu.



Autor desconhecido




4 de set. de 2013

Esclarecimentos do Exu das Sete Encruzilhadas




Durante uma “sessão de demandas” no terreiro em que trabalho, o Sr. Exu das Sete Encruzilhadas se manifestou e recomendou um “trabalho” incomum na Umbanda Branca, o que gerou dúvidas em seu médium (Eu). Alguns dias após, surgiu em minha mente a explicação, com sua maneira própria de se expressar.  Não irei reproduzir aqui o linguajar que ele utiliza no terreiro, por entender que faz parte de “sua roupagem” adequada ao ambiente e ao entendimento daqueles que ali estão. Senti sua presença e inspiração enquanto escrevia o texto que segue e o português correto (diferente da sua fala corriqueira) me foi transmitido igualmente por ele, tornando o ensinamento mais claro e adequado à linguagem escrita.

"Para entender o trabalho que foi solicitado, filho, e o por quê, é preciso entender a natureza dos espíritos que atuam na Umbanda e o trabalho que eles realizam... Cada Orixá traz suas qualidades, filho, e irradiam essas qualidades para o mundo. Oxalá irradia a Fé, Ogum a Lei, etc. Os caboclos e preto-velhos que trabalham nos terreiros também são irradiadores destas qualidades dos Orixás.

Quando afirmo que eles irradiam estas qualidades quero dizer que influenciam de maneira positiva aqueles que são irradiados por eles, estimulando-os a seguir o caminho correto. É como os pais que educam os filhos, lhes transmitindo valores morais, amor, carinho, compreensão, na esperança de que trilhem o caminho da luz.

Mas nem todos os filhos dão ouvidos aos ensinamentos dos pais, não é mesmo? Alguns fazem uso de seu livre-arbítrio e fora de casa fazem o que acham mais conveniente. Na rua filho, quando eles  agem de maneira a prejudicar alguém (outro ou a si mesmo) deixam de ser os pais os responsáveis por fazer esses filhos retomarem a trilha justa, este papel agora é da sociedade, com suas leis e seus agentes da lei, não é mesmo? E é aí que nós (os Exus) entramos...

Nas “sessões de demandas” o filho pode perceber que os caboclos orientam encarnados e desencarnados a fazerem as escolhas certas, de acordo com a Lei Maior, seguindo seu caminho evolutivo sem prejudicar o outro ou a si mesmo. E quando não conseguem (no caso dos desencarnados) encaminham estes irmãos ao Ogum Megê (nós).

Nós não somos amorosos e carinhosos, filho, mas só atuamos com aqueles que não conseguem aceitar a educação com amor e carinho, e paralisamos eles. E nisto consiste a diferença fundamental entre nosso modo de agir e o modo dos caboclos e preto-velhos: Eles estimulam o bem, nós paralisamos o mal.

No plano dos encarnados ser preso pela lei é uma punição, mas no nosso plano é uma benção. Isso porque quem está agindo em desacordo com a Lei Maior está prejudicando a si mesmo, contraindo carma, inimigos, semeando (em si e nos outros) o ódio e a intolerância. Se ninguém interferir este irmão seguirá afundando na lama em que se meteu.

Assim, quando nós paralisamos um espirito e o impedimos de seguir cometendo os erros que ele insiste em cometer, isto é um gesto de amor do Pai que, através de nós, impede esse filho de prejudicar-se ainda mais. Se somos brutos, se usamos a força, não é por crueldade, mas apenas porque esses irmãos ainda não estão receptivos às palavras de carinho e amor. Se estivessem, quem agiria sobre eles seriam os caboclos e preto-velhos.

Então, lembre-se desse ensinamento:

- Os espíritos que atuam na Luz são irradiadores das qualidades dos Orixás e estimulam o comportamento correto naquilo que irradiam, de acordo com suas origens divinas, com sua formação e seu “posto de trabalho”. Quando um caboclo de Oxóssi afirma trazer irradiação de Oxalá e Iemanjá, eles está informando qual seu “campo de atuação”, qual sua influência, sua especialização. É como um encarnado que estuda uma profissão (caboclo de Oxóssi) e depois faz cursos que lhe acrescentam conhecimento e ampliam sua área de atuação profissional (irradiação de Oxalá e Iemanjá).

- Nós - que também somos espíritos de Luz, mas que atuamos nas regiões de sombra - não somos irradiadores, não estimulamos o bem, mas impedimos e paralisamos o mal. E também estamos vinculados aos Orixás e é isto que nos diferencia uns dos outros, determinando qual a área de atuação de cada um.

Agora que o filho entendeu esta diferenciação no modo de agir e a semelhança nas área de atuação, vou explicar como se dará o trabalho que eu prescrevi, caso seja decidido nas esferas superiores que comandam o terreiro que este deva ser feito.

O filho já sabe como se dão os trabalhos dos preto-velhos, não sabe? Eles riscam o ponto de um caboclo de uma determinada linha (invocando esse caboclo), utilizam os elementos de “força” desta linha (ervas, flores, bebidas) e solicitam ao Orixá que irradie sobre a pessoa para quem está sendo feito o trabalho as suas qualidades de Orixá, estimulando-a ao comportamento correto naquele campo de atuação.
Conhecer o “campo de atuação” de cada Orixá é essencial para que não se solicite questões relacionadas à Justiça a um Orixá que atua irradiando Amor, ou a Lei a quem irradia a Fé.

O mesmo acontece com os Exus, filho...

Neste trabalho, especificamente, será riscado um ponto invocando os Exus comandantes das linhas que são análogas às linhas comandadas pelos caboclos e que estão diretamente ligadas a cada Orixá. Neste processo serão utilizados os elementos de “força” dos Exus, e a cada um deles será solicitado que atue (sobre a pessoa) em seu campo de atuação, paralisando um comportamento negativo e impedindo que este filho desça mais sua vibração e atraia para si complicações que dificultarão o seu retorno ao caminho ascensional.

Tudo dentro dos limites da Lei da Umbanda, da Lei do livre-arbítrio e da Lei do Carma.

O trabalho dos Exus será desestimular certos tipos de pensamentos, impedir a aproximação de determinados espíritos, dificultar o acesso a alguns caminhos errados e, uma vez que este filho esteja livre de influências negativas estará também mais receptivo às influências positivas irradiadas pelos Orixás através dos caboclos e preto-velhos.

Eu lhe transmiti essas informações para que compreendas um pouco mais da natureza do trabalho que realizamos juntos e também para o esclarecimento dos seus colegas umbandistas que, como a maioria das pessoas, temem aquilo que desconhecem.

O Conhecimento - aliado à Fé e ao exemplo - é a melhor maneira de eliminar um preconceito. E o filho sabe que a falta de informação, a fé conveniente aos interesses mundanos e o mau exemplo de espíritos descompromissados com a Lei tem promovido muito preconceito em relação à Linha de Trabalhos de Exu.

Um Exu de Umbanda é um agente da Lei, subordinado à Ogum, irradiado pelos Orixás, atuante nas regiões sombrias e responsável por paralisar comportamentos viciados, desequilibrados e desequilibrantes.

Este esclarecimento, filho, não trás nenhum “mistério revelado”, nenhuma novidade, nenhum segredo oculto e impenetrável. Não é conhecimento iniciático ou esotérico, portanto não há mal em divulgar isso para quem quer que se interesse pelo assunto."


Diego Silva – através de comunicação mediúnica com o Exu das Sete Encruzilhadas

11 de jun. de 2013

A Sombra Psicológica



O que podemos saber sobre o tema “sombra psicológica”? Faço alusão especificamente ao trato e à elaboração da sombra. No meio espiritual, a tendência é reprimir-se a sombra, ao passo que no campo psicoterápico é tratá-la. Como devemos entender esse conflito?
Como um engano de percepção. Num nível profundo, as duas visões coincidem, apesar de, no meio psicoterapêutico atual, os aspectos morais dos pacientes não serem muito levados em conta. Todavia, se notarmos que o conhecimento gera amadurecimento, que, por sua vez, conduz à elevação dos sentimentos, entenderemos que até mesmo essa aparente falha das abordagens psicológicas dos dias que correm pode ser, na verdade, um mal-entendido dos que, em primeiro exame, encaram os diversos campos do estudo da mente humana, como a psiquiatria, a psicologia e mesmo a sociologia, como exageradamente complacentes e amorais. Em verdade, dá-se um trabalho de compreensão profunda do ser humano, fazendo alusão aqui às escolas de psicologia profunda, que, permitem o estudioso entender que onde há sabedoria, há luz espiritual.

No que concerne aos buscadores da luz espiritual, os que o fazem de forma lúcida, os que têm já um bom conhecimento da psique humana e da sua própria alma, entenderão que não podem simplesmente reprimir aspectos de si, mas sim conhecer-lhes os significados e motivações profundos para, nesse nível fundamental, corrigi-los, transmutá-los ou mesmo dissolvê-los (para a energia ser re-utilizada em outra área, algo muito semelhante à transmutação). Ou seja: em última análise, fazem exatamente o que as escolas de psicologia de profundidade sugerem seja feito.
Certo. Fantástico, Eugênia. Que mais pode nos dizer sobre o assunto?
Que a sombra é parte da alma humana, as partes desconhecidas de si e que, portanto, contém todo o potencial de divindade que foi negado ao indivíduo ou que ainda é impossível desdobrar, num nível consciente, e que, portanto, não existem, na sombra, apenas os traços indesejáveis de caráter e personalidade, mas os elementos numinosos, as formas transcendentes de ser, agir e sentir. E que, assim, como muito bem anunciou Jung, a criatividade e a motivação, a vida e a alegria, a força e o sentido para viver residem na sombra. Eis porque Jesus disse que deveríamos amar nosso inimigo (e o inimigo maior, o inimigo axial é a própria sombra, o lado escuro de si) e não julgássemos, porque seríamos medidos com a mesma medida com que medíssemos os outros. Eis a grande questão: quando condenamos comportamentos alheios estamos projetando aspectos de nós mesmos em tais pessoas, que, por sua vez, serão, dentro de nós próprios, alijados, cada vez mais, de um nível consciente de expressão, descendo, progressivamente, aos submundos de nossa mente, criando tensões, rupturas e erupções violentas, desde as auto-sabotagens aparentemente ingênuas a grandes crises orgânicas, relacionais ou espirituais.
O que você sugere, Eugênia, como técnica de trabalho com a sombra, a fim de que lhe assimilemos o conteúdo profundo, importante, substancial para nosso crescimento, paz e felicidade?
Que cada um procure atentar-se para os elementos pouco dignos de si, ou menos nobres. Que se faça, todos os dias, ou ao menos uma vez na semana, um inventário de emoções indesejáveis, sentimentos vis, vazios vergonhosos, indiferença e tédio. Crie-se uma personagem para esse conjunto de traços abomináveis de si. Dê-se voz a essa personagem. Dê-se imagem a esse ser, que, na verdade, é uma parte do si próprio. E, ao fim, preste-se atenção ao que ele tem a dizer, pedir, reclamar. Esse hábito de interação com a sombra, por mais delirante que pareça a alguns, é essencial para que se mantenha saúde psicológica e espiritual, num mundo conturbado e conflitivo, como o terreno, dos dias que correm.
Eugênia, mas há pessoas que vão, francamente, dizer que não possuem esses traços medonhos em si.
Não admitir a existência de tal personagem sombrio dentro de si é extremamente perigoso, porque denuncia uma mente arrogante, além da ignorância e pouco auto-conhecimento que tal assertiva (caso sincera) revela. Embora seres luminosos, profundamente sábios, não possuam, em tese, o que poderíamos chamar de sombra psicológica, no sentido mórbido e dantesco que se apresenta no nível humano de consciência, mas apenas sementes de mais luz que vão lentamente germinando dentro e fora de si, rumo a níveis mais altos de evolução, não é razoável nem lúcido alguém se categorizar, encarnado na Terra, pertencente a esse classe de seres luminíferos. Ainda que alguém não se sinta possuindo nenhuma ordem de sentimentos infelizes (o que é extremamente suspeito), a prática do trabalho com a sombra será, no mínimo, de valia inestimável para a interação com aqueles que não se afinam com o seu modo de ser, uma forma de processar conflitos inconscientes com aqueles que não se compatibilizam com sua natureza. Normalmente, porém, quando começa um trabalho com a sombra, o indivíduo passa a descobrir, progressivamente, elementos em si que nunca imaginou poder portar. Um homem forte e másculo pode descobrir um lado infantil, medroso e vulnerável dentro de si. Uma mulher frágil e dependente pode descobrir, em si, camuflada e pérfida, uma tirana mesquinha e sádica. Uma personalidade aberta e moderna pode revelar, para si, aspectos vergonhosos de preconceito e discriminação. Sentimentos, emoções e impulsos dificilmente admitidos (ao menos publicamente), logo começam a ser vistos com clareza na câmara secreta do coração: inveja, ambição, ganância, ciúmes, perversidade, exibicionismo, orgulho e vaidade, entre muitos outros, talvez ainda mais difíceis de serem reconhecidos no imo de si, como: ímpeto de mentir, trair, caluniar, roubar e, segredo dos segredos: matar! Na verdade, não admitindo conscientemente portar tais impulsos, os seres humanos acabam dando vazão indiscriminada a eles, por meios sutis, como, por exemplo, matando um pouco todos os dias o cônjuge ou a mãe, através de pirraças intermináveis.

Todo ser humano tem uma parcela de luz e de sombra. Os percentuais variam e é por isso que somos diferentes (temos combinações personalíssimas de características humanas gerais, que nos distinguem como pessoas singulares) e também é isso que nos tipifica o nível evolutivo. Mas quem é que poderia dizer que não traz mais partes de sombra em si? Ao reverso do que se costuma imaginar, quanto mais iluminada, verdadeiramente, é uma criatura, mais ela propende a enxergar aspectos menos lisonjeiros em si, como a história dos santos (os verdadeiros santos) revela. São Pedro, por exemplo, mui sabiamente, fala em epístola à humanidade: “Não há mal que um irmão meu cometa que eu não possa cometer.”
Fabuloso, Eugênia. Algum alerta a fazer nesse trabalho de descida ao submundo?
Que descemos para subir. E que, portanto, o objetivo é assimilarmos partes importantes de nós próprios, renegadas e regateadas à obscuridade de uma pseudo-inexistência (perigosa, porque funciona como uma panela de pressão psíquica, que explode volta e meia, nos surtos dos maus atos incontroláveis, como compulsões, vícios, atos falhos, eclosões de raiva ou de sexo desregrado, etc.). E devemos absorver tais partes de forma saudável, equilibrada e justa. Quem fizer isso descobrirá a luz oculta nas trevas, e, como disse o próprio Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade nos libertará.” Estamos normalmente dispostos a conhecer verdades agradáveis e luminosas, só que somente na treva encontraremos o ouro mais valioso, justamente porque é difícil para lá ir. Se a verdade fosse sempre agradável e doce, todos se iluminariam facilmente. Mas o caminho é áspero e íngreme exatamente por ser necessário conhecermos verdades duras sobre nos mesmos, mais do que sobre os outros. Coisa curiosa é que, para quem se conhece profundamente, todos os atos espirituais e morais aparentemente impossíveis para quem não faz o trabalho com a sombra, tornam-se naturais e inevitáveis, como compreender, perdoar e amar. Tornamo-nos mais maduros, admitindo a nossa e a complexidade alheias, aprendendo a amar, apesar das diferenças, dos conflitos, das repulsas e das “vergonhas”. Aprendemos a tolerar contradições, ambivalências e até mesmo pequenas traições, sem sequer nos abalarmos. Obviamente que quem faz o trabalho com a sombra não fica atoleimado e submisso. Justamente o reverso: tem maiores condições de resistir ao mal, reagir e defender-se construtiva e eficazmente, sem se intoxicar com a maldade alheia. Mas também se está em condições de ver que muito sentimento de injustiça está baseado na ignorância de quem realmente somos e, principalmente, de quem o outro é. Assim, vítimas podem perceber que são ou foram mais vilões do que aqueles que condenam, e, mais ainda, podemos descobrir, nos “monstros” com quem convivemos, crianças carentes ou bichinhos inconscientes, que nos pedem carinho ou educação, e não violência ou desprezo, que nos tornariam exatamente aquilo que tanto combatemos.
(Diálogo travado em 29 de fevereiro de 2004.)
Benjamin Teixeira
pelo espírito
 Eugênia.

7 de jun. de 2013

Lúdico e Lúcido

Ser Lúdico para ser mais Lúcido

Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Eugênia-Aspásia.
Descubra seu método de lazer, e se dedique a ele diariamente, se possível, ainda que se submeta à disciplina de um tempo preestabelecido ao dia – algo como meia hora, uma hora. Se o jogo, por exemplo, constitui seu sistema de descanso mental (não é só o corpo que demanda repouso), você pode até nutrir pudores (corretos) quanto a selecionar o gênero da “brincadeira”, mas nunca reprimir os aspectos lúdicos de si. Que não haja vulgaridade ou brutalidade, nem tampouco moralismos (a castradora moral de convenções e costumes sociais): trata-se de um âmbito de “trabalho com a sombra psicológica”, com os aspectos reprimidos de si, que, se forem eliminados nesta circunstância, revelar-se-ão muito mais destrutivos em outras, bem mais delicadas, no mundo real.
A hermenêutica espiritual dos idiomas costuma ser altamente reveladora do “pano de fundo” de propósitos da Consciência Subjacente a tudo e todos. Veja o anagrama que se faz com o vocábulo “lúdico”, em Português: “lúcido”. Só duas consoantes deslocam-se nas duas últimas sílabas. Até proparoxítonas são ambas as palavras. Se você quer ser lúcido(a), não se esqueça de ser lúdico(a). As vocações, em sua essência, guardam semelhanças profundas com o espírito lúdico, visto que a satisfação íntima de realizar o que fomos “chamados(as)” a fazer, pela própria consciência, confere-nos a sensação de brincar, enquanto trabalhamos.
O humor adentra este universo emocional, sobremaneira o humor sadio, que ri de situações ou ideias inapropriadas, e jamais de pessoas, no intuito de abatê-las ou feri-las, mesmo que o foco da zombaria (em que, desta forma, o humor se converteu) seja o(a) próprio(a) “comediante”. Sem humor, não é possível adentrar as faixas de sabedoria. Impossível ser mentalmente são, sem humor.
Tornando ao tema genérico da ludicidade, é inviável alcançar a esfera do pensar nobre, justo e bom, sem que compareça o lado “criança” da personalidade, na melhor acepção psicológica, simbólica e moral do termo. Sem a integração da “criança interior” à psique, não se pode incorporar o padrão arquetípico do(a) “ancião(ã) sábio(a)”. As grandes tradições espirituais corroboram essas assertivas, incluindo a cristã legítima, além do respaldo recente da psicologia profunda e dos mais eficazes métodos educacionais da atualidade.
(Psicografia de 16 de abril de 2013.)

Diálogo entre dois Guardiões (Exús)



Se tudo que existe foi criado e está contido em Deus, também as Trevas são parte desta complexa estrutura e, ao contrário do que supõem alguns, serve aos propósitos divinos.

O texto abaixo foi extraído do livro “O Guardião da Meia Noite” (Editora Madras / Rubens Saraceni – Pai Benedito de Aruanda), aparece aqui um dialogo entre O Guardião da Meia Noite e o Guardião dos Sete Portais das Trevas.

Vejam neste texto como Os Guardiões, Exus, de Umbanda têm muito a nos ensinar e muito fazem por merecer este grau na Lei à esquerda dos Orixás:



-E eu pensei:“Como era poderoso o Guardião dos Sete Portais das Trevas”, que leu o meu pensamento.

- Não pense que consegui o meu poder sendo um tolo. Sempre dormi com um olho aberto.Nunca deixei uma ofensa sem resposta, nem um inimigo mais fraco sem conhecer o meu poder. Nunca deixei de respeitar um igual ou de temer a um mais forte. Foi assim que consegui tanto poder. Também nunca saí da lei do carma. Não derrubo quem não merece, nem elevo quem não fizer por merecer. Não traio a ninguém mas também não deixo de castigar um traidor. Leve o tempo que for necessário, eu o castigo. Não castigo um inocente, mas não perdoo um culpado. Não dou a um devedor, mas não tiro de um credor. Não salvo a quem quer se perder, mas não ponho a perder quem quer se salvar. Não ajudo a morrer quem quer viver,mas não deixo vivo quem quer se matar. Não tomo de quem achar, mas não devolvo a quem perder. Não pego o poder do senhor da Luz, mas não recuso o poder do senhor das Trevas.Não induzo alguém a abandonar o caminho da Lei, mas não culpo quem dele se afastou. Não ajudo alguém que não queira ser ajudado, mas não nego ajuda a quem merecer. Sirvo à Luz,mas também sirvo às Trevas. No meu reino eu mando e sei me comportar. Não peço o impossível mas dou apenas o possível. Nem tudo que me pedem eu dou, mas nem tudo quedou é porque me pediram. Só respeito à Lei do Grande da Luz e das Trevas e nada mais. É por isso que o Grande exige de mim, portanto é isto que eu exijo dos que habitam, o meu reino.Não faço chorar o inocente, mas não deixo sorrir o culpado. Não liberto o condenado, mas não aprisiono o inocente. Não revelo o oculto, mas não oculto ao que pode ser revelado. Não infrinjo à Lei e pela Lei não sou incomodado. Agora sabe de onde vem meu poder, senhor da Meia-Noite. Eu sou um dos sete guardiões da Lei nas Trevas; os outros seis, procure e a Lei lhe mostrará.

- Por que o senhor não socorreu o Cavaleiro em sua queda?- Foi a Lei Maior que o determinou, por isto eu me calei. Mas quando Ela saiu em seu auxílio,eu arrasei o reino de Lúcifer para saber onde estava o Cavaleiro e acabei descobrindo pois foi a Lei que me ordenou que assim o fizesse. Ele teve que calar-se e entregar-me o culpado.- Obrigado, Guardião dos Sete Portais das Trevas deu-me uma lição sábia. Sou seu devedor.

22 de mai. de 2013

A Felicidade - segundo Eugênia



(Resumo da filosofia de felicidade propalada pela Mestra Espiritual.)
Benjamin Teixeira
pelo espírito
 Eugênia.
A felicidade não é um direito seu: é seu dever ser feliz.
A sua angústia revela a dimensão da alegria que se está negando. Paradoxalmente, entretanto, a dor, em si, não é contraditória à felicidade, compondo-a, inclusive, como facilmente se percebe, nas experiências imprescindíveis da disciplina, do esforço, do trabalho pela conquista de metas e da capacidade de adiar gratificações – apanágios obrigatórios em personalidades realmente maduras. A alegria contínua – e, assim, desregrada e inconseqüente – constitui a política de vida que abarrota manicômios, presídios e clínicas de desintoxicação. A despeito destas assertivas, entrementes, a amargura profunda, a frustração da alma, o sofrimento sistemático, ininterrupto, denunciam a fuga de rota ao próprio destino, a quebra de Fluxo com a Vontade Divina para si.
Duma perspectiva mais analítica, pode-se dizer que a felicidade é o atendimento a todas as necessidades e aspirações do indivíduo, considerando-se a totalidade das dimensões constituintes de sua estrutura de ser, começando pelo âmbito físico até chegar ao domínio espiritual, atravessando-se, entre ambos, as esferas emocional e mental. Todavia, há uma hierarquia entre tais estratos da criatura humana, devendo-se colocar os valores do espírito em primeiro plano; em segundo, os intelectuais; depois, os emocionais; para somente então se averiguarem as premências fisiológicas do corpo – numa exata inversão da escala de prioridades que costuma imperar, no campo material de vida, na Terra dos dias que correm.
Felicidade não é facilidade, nem atendimento do ego e suas ambições (muito menos do sub-eu-animal e suas compulsões). Felicidade é a plena realização da vocação, do ideal, do espírito.
Felicidade não consiste em uma busca permanente de alegrias irresponsáveis, superficiais, físicas. Não está no campo das sensações, nem mesmo das emoções, mas tão-somente no dos sentimentos. Só há felicidade onde há coração. Só há felicidade no serviço, na solidariedade, no altruísmo, no desapego, na espiritualidade.
Pode até haver conflito, dificuldade e desafio, mas jamais perda de paz, de equilíbrio, de ponderação, nos circuitos da verdadeira bem-aventurança.
Da sábia expressão latina “fe licitas” (fé legítima), deduz-se que não se pode viver feliz, sem se cogitar em Deus e na relação pessoal de compromisso com Ele-Ela. Em contrapartida, a fé que não leva a um estado de ventura não pode ser genuína, representando mera crença, com risco permanente de degringolar em fanatismo.
Felicidade não é propriamente uma meta, mas um estado de espírito, vivenciado por quem está focado em seu propósito – de servir e viver por Algo Maior que o si-mesmo.

(Texto recebido em 9 de março de 2009. Revisão de Delano Mothé.)

17 de mai. de 2013

Autoestima e Autoimagem - por Alex de Oxóssi





Para se prosseguir na caminhada equilibradamente, cada um deve cultivar a autoestima, isto é, a conservação sadia do seu ego.
Não se deve confundir com o cultivo da autoimagem, que leva frequentemente à hipertrofia deste ego.
O ego significa o eu de cada um, o qual procura harmonizar os desejos e a realidade. Baseia-se, de acordo com Freud, nas vivências de eventos anteriores que se adequam à realidade do indivíduo. Embora, nós, que acreditamos na reencarnação, saibamos que memórias ancestrais vão interferir no desenvolvimento de nossa personalidade, as dívidas que carregamos, as lições que temos de aprender, tudo isso influenciará com certeza nessa construção do eu.
É necessário perceber-se, e ao mesmo tempo ter a percepção que se está adequado à vida. A sensação de inadequação é fruto de vivências que prejudicaram a percepção do eu frente ao mundo. E assim, o indivíduo pode ficar oscilando entre a “minusvalia” e a “plusvalia”, até chegar ao equilíbrio. Ou pode cristalizar-se em algum destes extremos indesejáveis, que seria a autoestima muito baixa, ou excessiva.
Uma deturpação na autoestima poderá levar a pessoa ao enaltecimento da autoimagem, ou transformá-lo em portador de insegurança crônica. Se o indivíduo for médium, serão nestes pontos fracos que os inimigos da Luz irão atacá-lo, jogando-o em estados alternantes de desorientação e inadequação diante o mundo.
A autoestima, quando diminuída, pode-se refletir como um complexo de inferioridade, sentimento de incapacidade, apatia, desencorajamento, que refletem indiferença para com os próprios valores pessoais e geralmente se apresenta como um estado de tristeza. Em contrapartida, na ampliação equivocada da mesma, refletindo-se na autoimagem, reveste-se de arrogância, prepotência, orgulho, ditatoriedade, egotismo, até chegar à crueldade, maldade, e vingança, além da manipulação de situações a seu favor, de forma arbitrária.
auto A autoestima equilibrada, que deve ser a busca de cada um, é o respeito a si mesmo e tudo e todos ao seu redor.
Quando estamos na ilusória faixa vibratória do eu, falamos e não sabemos ouvir, e há intensa necessidade de ser o centro das atrações.
Quando nossa autoestima é saudável, temos tempo e paciência para escutar, mais que falar.
Quando o ego nos assalta, começamos a julgar e a criticar a todos, perdendo a noção de compaixão e compreensão pelas pessoas e o mundo à nossa volta. Ao contrário, uma boa autoestima permite-nos aceitar e ouvir o ponto de vista dos outros, mesmo que não concordemos com eles, entretanto, sem nos influenciarmos, estabelecendo limite ao que somos e queremos e ao que os outros esperam de nós.
A impaciência, ou ansiedade são sinais claros que queremos dominar o tempo, e o que está ao nosso redor. Nesse caso, é tempo de parar, olhar mais para nós mesmos e deixar de culpar os outros se as coisas não estão andando certas.
Estar atento é necessário quando se quer uma vida emocional e mental mais calma e serena. Se formos depender do outro para uma aceitação plena, iremos viver sempre sem autoestima.
Nossa percepção às vezes é afetada pelo cansaço, estresse, forte autocrítica, de forma que nos sentimos insatisfeitos e inseguros. Todo o ser humano deseja ser aceito e apreciado, e no lado oposto, reage mal às críticas.   Se por um lado, como dizia Chico Xavier, devemos evitar as críticas, cultivando em primeiro lugar a candura e o silêncio, nem sempre é possível evitá-las.
Se formos esperar do outro uma aceitação plena, vamos sempre viver sem autoestima. Assim, ela não pode estar vinculada à apreciação positiva ou negativa do outro.
Nossa autoestima no dia a dia vem e vai. Mas precisamos trabalhar esta auto aceitação, e com ela, a vontade de progredir. Manter o controle das emoções, a energia positiva inquebrantável, e a religiosidade e a Fé, que nos traz calma, serenidade, equilíbrio, a busca de uma visão correta e tranquila do que se passa ao redor e no nosso interior.
È necessário cultivar a autoestima todos os dias, convivendo com as fases boas ou menos boas, procurando não se desequilibrar com emoções descontroladas em uma ou outra ocasião. Manter sentimentos menos bons se transformarão em desperdício de energia, então vamos evitar críticas, apreciações negativas à nós mesmos e aos outros, e ao contrário, trazer até nossos coração, o Sol, a Luz, a vontade de lutar, vencer barreiras, atingir novas etapas e objetivos mas dentro da simplicidade, da placidez, da paz imperturbável.

Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ

15 de mai. de 2013

Céu ou inferno, para onde você vai?


Na natureza não há recompensas ou castigos; há consequências.
- Robert Ingersoll



Esta frase poderia muito bem ser aplicada à vida pós-morte. Não há céu e inferno, ao menos não no conceito que a sociedade costuma ter desses lugares. Há sim, lugares agradáveis e outros inóspitos. Há locais bem frequentados e outros nem tanto. Contudo, o que define onde e com quem você estará após seu desencarne não é seu "merecimento". Não haverá juízes ou julgamento onde você supostamente responderia por seus atos em vida. 

Tudo é bem mais complexo e infinitamente mais simples...

A principal Lei, de tantas que fazem nosso universo existir da maneira que existe, é a Lei da Atração!

Artigo único, parágrafo único, cláusula única, inciso único: OS SEMELHANTES SE ATRAEM!

Da mesma maneira que a gravidade exerce atração sobre tudo que existe, a Lei das Semelhanças não pode ser violada ou burlada. Naturalmente, após o desencarne, você é atraído para perto daqueles que pensam e sentem como você e, o local em que todos vocês estarão possui uma natureza de acordo com suas vibrações mentais e emocionais. Na verdade, quem cria a atmosfera de um lugar são seus moradores. Coerente, não?

Assim, até podemos classificar de inferno regiões sombrias, lamacentas, onde a atmosfera é densa e tudo cheira mal. Estes lugares existem, pois são criados por pessoas cujos pensamentos e emoções vibram ódio, revolta, culpa, desejo de vingança, vitimismo, autopiedade, etc.

É da energia que emana destas pessoas que se constitui o ambiente e, a Lei inexorável conduz essas pessoas para perto de seus semelhantes.

Não é errado supor que um estuprador seja "condenado" a séculos em um local imundo onde ele será estuprado dezenas de vezes ao dia. O equívoco está apenas em acreditar que há um julgamento moral que irá pesar os bons e maus atos deste homem e, de acordo com seu merecimento encaminha-lo a uma instituição prisional (inferno) onde será devidamente castigado (ou reeducado).

Ele simplesmente será conduzido por uma Lei natural para perto de seus semelhantes, pessoas que vibram na mesma frequência e com valores morais afins. Portanto, quando acordar em um outro plano, estará cercado de estupradores sedentos de sexo. A pouca higiene do local se deve exclusivamente ao padrão vibratório destes espíritos.

O contrário também procede...

Pessoas que vibram amor ao próximo como (e) a si mesmo, altruístas e sinceramente preocupadas com o bem coletivo são naturalmente atraídas para perto de pessoas semelhantes. E, naturalmente, o ambiente criado pelas emanações vibratórias dos pensamentos e emoções destas pessoas é extremamente agradável, bem como sua companhia. Daí, não seria equivocado chamarmos isso de paraíso.

Equívoco é acreditar que um juiz irá pesar seus atos, que erros e acertos serão colocados na balança de Xangô ou de Gabriel e que serão medidos para saber se você é merecedor do paraíso. Isto acontece naturalmente de acordo com seu padrão vibratório no momento do desencarne.

Não convém entrar, aqui, no mérito do perdão que qualifica o perdoador a ser perdoado por aqueles contra quem cometeu alguma falta. Esse assunto é deveras complexo e merece um texto exclusivo. Contudo, convém afirmar, sem medo de errar, que é possível sim, a qualquer momento rever sua conduta, alterar seu pensamento e emoções, reformar-se intimamente e alterar assim seu destino.

Mesmo um assassino, uma vez arrependido, que vibre intensamente o amor ao próximo (e não a culpa por seus crimes) pode ser conduzido naturalmente para um lugar agradável.

É verdade que há implicações kármicas que lhe tornam vítima potencial daqueles a quem causou algum tipo de sofrimento e, aí entramos na questão de obsessores, etc. Porém, não há punição divina que o envie ao "inferno" por causa de seus atos, embora possa haver consequências;

O contrário também se aplica, pois, ainda que uma pessoa tenha tido uma vida exemplar, se ao desencarnar estiver envolta em sentimentos de ódio e rancor, a Lei o conduzirá para perto daqueles que vibram este mesmo sentimento.

Mas, da mesma maneira que é permitido pela Lei do Kárma que obsessores intercedam a atuem contra aqueles que os prejudicaram, é permitido que amigos intercedam a favor de alguém que se desestabilizou.

Ainda assim, estamos falando de consequências, pois, se você semeou inimigos, colherá inimigos e, se semeou amigos... Lógico!

Assim, não há erro em parafrasear o cidadão citado acima e, em vez de "Na natureza não há recompensas ou castigos; há consequências," digamos que No Universo não há recompensas ou castigos; há consequências!

14 de mai. de 2013

Justiça ou Vingança?


No terreiro todos temos funções definidas, mas essa semana, a zeladora pediu que eu limpasse o Gongá. De coração ferido de tanta mágoa e injustiça que estou passando, aproveitei para em preces fazer meu trabalho, comecei por meu pai Oxalá, que fica no alto, pedi a ele luz e caminho, a minha mãe Iansã e Oxum, pedi serenidade e força, a Ogum Pedi a quebra das demandas... Ao chegar em Xangô, parei e firmei meu pensamento com todas as forças, quando quase tocava uma das pedras de sua firmeza, ouvi uma serena voz: 

- Se fizeres isso, estará lançando sua vida ao infortúnio. 


Parei e olhei para trás, sentada no toco estava a minha querida Vovó Cambinda.

- Mas vovó, por quê? Eu preciso de justiça!
- Fia, se tocares nessa pedra e pedir a Xangô justiça, será apenas a sua boca professando. Mas sua alma pede na verdade vingança. 

Xangô faz a justiça, quer você queira, ou não! Não é necessário pedir. O que você quer na verdade é ter o mal que lhe foi feito reparado, quer que a sua dor volte para quem lhe enviou. E na verdade, isso não te levará à felicidade, embora você ache que lhe trará alívio. 

Acalme seu coração. Deixe Xangô agir. Deixe Oxalá trabalhar. A lei da vida é deveras complicada para vocês desse mundo. E para nós é tão fácil. Se foi ofendida, releve, perdoe. Se foi injustiçada, peça a seu irmão paz de espírito para que ele não torne a fazer. Mas jamais peça Justiça com intuito de vingança.

Tenha fé. Que esta não lhe falte nunca.

Vovó Cambinda.



Por mais que nos pareça justo, desejar o mal de outrem só faz mal a nós mesmos. Todos temos aprendido, o pouco que sabemos, através de experiências negativas, do sofrimento, da dor, da injustiça. É assim para mim, para ti, e para quase todos que estão encarnados neste planeta.

Se o ensinamento maior do Mestre Jesus foi "Amai ao próximo como a si mesmo", não será adequado desejar o mal de ninguém.

A lição de cada um virá à seu tempo e, tantas vezes quantas sejam necessárias até que seja assimilada. Esta é a Lei e não cabe à nós interferirmos neste processo.

Recordo-me de uma situação em que eu me encontrava diante de um Exú que trabalhava para desmanchar um feitiço feito para me causar dano. Após identificar a qualidade e origem do feitiço, perguntou-me "prestativo" com sua natureza dúbia:

- O "boneco" quer que eu devolva ao remetente?

Meditei durante alguns segundos e, conhecendo um pouco a natureza do espírito que se encontrava diante de mim e, um outro pouco da Lei maior que governa o Universo, devolvi-lhe a pergunta:

- Mas, não é esta a Lei? Não será feito assim de qualquer maneira, mesmo que eu não peça?

Ele então gargalhou e respondeu:

- Sim "boneco", assim é a Lei! O Bem retorna a quem faz o Bem e o Mal retorna a quem faz o Mal e, eu, que não sou nem bom e nem mau, devo testar os filhos de fé para saber se eles desejam enviar e receber o bem ou o mal. Desta vez, o filho se saiu bem! Continue atento e vigilante, e nunca se esqueça que aquilo que o "boneco" deseja pros outros é o que atrai para si. Eu só faço a entrega, sou só o carteiro, quem faz a encomenda são vocês.

13 de mai. de 2013

Crescendo com as derrotas




Não foram poucas as discussões com amigos em épocas de copa do mundo quando eu declarava estar torcendo contra a seleção brasileira. Era chamado de "vira-casaca" à traidor da pátria, passando por ofensas e ameaças de violência que, fosse um não amigo a declarar tal coisa, imagino se cumprissem.

Difícil explicar que, embora apreciador de futebol e brasileiro, eu entendia que era melhor para o Brasil a derrota da seleção. Torcer pelo Brasil e torcer pela seleção, não apenas não são a mesma coisa, como podem ser completamente antagônicos.

Vitórias esportivas tendem a produzir a falsa sensação de que o país vai bem, o que nem sempre é verdade. Sentimo-nos campeões juntamente com os atletas milionários que supostamente nos representam.

No meu modesto entendimento, essa euforia vitoriosa gerada por uma competição esportiva poderia ser prejudicial às questões políticas e sociais em curso no país, poderia gerar uma felicidade e um aumento de autoestima indesejável para quem percebe a necessidade de mudanças, pois as mudanças vem da insatisfação.

Poucas coisas atrasam tanto nosso progresso quanto a sensação de que tudo está bem! A euforia das conquistas a curto prazo tem potencial para nos fazer perder de vista objetivos à longo prazo, mais estáveis e duradouros.

Hoje me deparei com um texto espírita do médium Benjamin Teixeira em diálogo com o espírito Eugênia que explica com muita propriedade o que eu jamais consegui fazer entender aos meus amigos. Segue o texto...

"Eugênia, o Brasil perdeu a Copa do Mundo deste ano de 2006. Tem algo a dizer sobre isso?

- Sim, que as decepções fomentam aprendizado, principalmente quando um sentimento de euforia leva indivíduos e coletividades a se suporem invictos ou inatingíveis. A falibilidade é um dos apanágios essenciais da natureza humana e, ironicamente, um dos mais esquecidos. É assunto pacífico, no plano intelectual, a ideia de que todos portam defeitos e podem errar. Mas uma expressiva parcela da população age como se fosse convencida de que, em verdade, não é passível de cometer equívocos.

Fala-se em fraude do resultado, principalmente quando jogadores parecem deslizar no campo de futebol, como a provocar deliberadamente a perda da partida.

- Não podemos ratificar nem denegar acusações dessa ordem, que fogem às funções da manifestação do mundo espiritual, na esfera física de vida, mas gostaríamos de lembrar que, amiúde, outras forças também atuam, em atividades complexíssimas, que envolvem tantas variáveis psicológicas e emocionais de vários participantes, como numa simples partida de futebol, e uma delas é a força da “alma coletiva”, que, no caso do time da “seleção brasileira”, estava mal formada e, digamos, vulnerável a outras influências, como as energias “inimigas” da torcida contrária, com indução desagregadora sobre a harmonia da equipe de atletas brasileiros. Por outro lado, indispensável não descartar a Interferência Divina, que pode desejar uma situação menos ou mais favorável a certas implicações de envergadura mais grave, como as de ordem política. Não podemos falar mais claramente que isso, mas creio que nossos leitores podem entender o que pretendemos dizer.

Significa, então, dizer que as “implicações políticas” estão definidas no sentido contrário ao provável de acontecer, caso ganhássemos a Copa?

- Não afirmei isso. Disse que a Divina Providência talvez desejasse uma “situação menos ou mais favorável”, o que quer dizer: onde possa haver maior liberdade das consciências para uma escolha lúcida e, por conseguinte, mais responsável, o que também corresponde a afirmar que ninguém poderá reclamar de corolários de uma má escolha, que terá sido mais consciente, já que a euforia do estado de vitória poderia compelir a nação a movimentos inconscientes de massa muito mais determinantes.
Você afirmou que existe a programação de o Brasil ganhar sucessivas vezes a Copa do Mundo.

Não só existe como de fato o Brasil continua sendo o campeão mundial; além disso, outros torneios futuros darão continuidade a essa tendência que, todavia, é óbvio, depende inexoravelmente das iniciativas de responsabilidade e empenho dos encarnados (inviolável sempre será o livre-arbítrio de cada criatura, bem como de todo agrupamento humano).

Mais algo deseja dizer sobre isso?

- Que cada um aplique a ocorrência do desgosto nacional a si mesmo. É muito comum, em ocorrências externas, o indivíduo supor que nada existe com relação a si mesmo, e, rigorosamente, podemos afirmar: qualquer circunstância ou evento da existência traz potencialmente lições embutidas que precisam ser extraídas, por cada espectador ou participante. Quantas vezes (para citar alguns exemplos de contextos existenciais em que a derrota brasileira na Copa pode ser aplicada), relações são tidas como certas, ou também o sucesso profissional considerado garantido, ou a própria saúde tratada como inexpugnável, e, por conseqüência de tais ilusões de “vitória certa”, uma série de relaxamentos irresponsáveis são cometidos, com prejuízos amiúde irreversíveis para o futuro de uma pessoa? No domínio coletivo, inclusive, o brasileiro, que ainda tem uma alma popular ingênua (poderíamos também chamar esta “alma do povo” de “inconsciente coletivo nacional”), muito pode auferir de aprendizado e estímulo ao amadurecimento com esta experiência. Em suma, podemos asseverar, categoricamente, ter sido mais positiva para o país, pelos motivos acima apresentados, em termos de resultados a médio e longo prazo, a derrota que o triunfo nesta Copa do Mundo.

(Diálogo psíquico travado com o Médium, em 9 de julho de 2006. Revisão de Delano Mothé.)"

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