4 de out. de 2015

Sobre sacerdócio, abstinência sexual e homossexualidade

1. Espera-se dos sacerdotes que sejam manipuladores energéticos, que sejam capazes de movimentar energias sutis e alterar suas propriedades, nas pessoas e nos ambientes, em benefício destes. Para tanto é necessário possuir energia em si mesmo.  

2. Das diversas fontes de energia encontradas na natureza, a energia sexual é a única produzida pelo ser humano e que pode ser transmutada, ampliada e/ou esvaziada através do ato sexual.

3. O Tantra é uma prática oriental cujo propósito é estabelecer a troca energética através do entrelaçamento amoroso e do ato sexual, transmutando e ampliando a energia em ambos. Todavia, para que ocorra efetivamente depende da capacidade meditativa dos praticantes, de condições específicas de seus centros energéticos chamados ‘chacras’, além de afeto real. Pode ser simples a um oriental – que já nasce meditando e que ao longo da vida possui inúmeras práticas de harmonização dos centros energéticos – mas é inviável para 99% ou mais dos ocidentais que aderem às práticas meditativas depois de adultos.

Não há, pois, impeditivo que sacerdotes, de quaisquer práticas, façam sexo, mas há o entendimento de que se não são capazes de gerar, preservar e transmutar a energia em seus corpos, dificilmente serão capazes de fazê-lo em corpos alheios e nos ambientes, tornando-os pouco eficientes nas tarefas a que se dedicam em seu sacerdócio.

Entende-se, portanto, que é recomendável aos sacerdotes a abstinência sexual, o que também pode ser visto como um exercício do controle do desejo pela vontade, de autocontrole, de submeter seu corpo à sua razão, de controle emocional, etc. Estar no controle das circunstâncias internas é uma premissa para quem pretende controlar as circunstâncias externas.

Não obstante, caso isto não seja possível totalmente, espera-se que a prática sexual do sacerdote seja uma prática amorosa, que contenha alto grau de afeto e respeito mútuo, o que produz transmutação energética e minimiza o desgaste energético. Há ainda questões técnicas sobre a posição dos chacras durante o ato que podem ser encontradas em livros sobre Tantra.


Resumindo: espera-se que um sacerdote possua autocontrole e seja capaz de manipular energias, a começar por sua própria energia sexual. Recomenda-se a abstinência ou a prática do Tantra. Caso isso não seja possível, recomenda-se que esteja em um relacionamento amoroso/afetivo. Não há, neste contexto, nenhuma diferenciação se o relacionamento se dará entre homem e mulher, mulher e mulher ou homem e homem, uma vez que a premissa é a existência de afeto real, e o afeto não escolhe gênero.

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